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Foto do escritorXiko Acis

Nossos divisores


Os divisores nunca somam ou multiplicam. Apenas diminuem. Óbvio não é? Quando falamos de matemática é natural. Quando falamos de posturas humanas diante da vida, é uma lástima.


Nós e eles, o meu e o seu, a minha e a sua e assim vai. Uma fragmentação sem tamanho que está cada vez mais acirrada, promovendo um egoísmo burro. Tem aquela estória que uma pessoa com uma ideia, encontra outra com outra ideia, se essas pessoas compartilharem suas ideias, as duas saem com duas ideias e ninguém perdem. Só somam ou multiplicam.


O mundo está com problemas demais para continuar egoísta. Eu diria que está com mais de 8 bilhões de problemas. Cada ser humano está virando um problema imenso para a perpetuação da espécie. A natureza se mostrou que é capaz de se regenerar. Nós humanos ainda não provamos isso. Muito pelo contrário. Nos degeneramos a cada dia. Até quando, eu não sei. Infelizmente, existem muitas estatísticas que comprovam isso.


Por exemplo, em termos de desigualdade, a Oxfam (movimento global de pessoas, trabalhando juntas para acabar com a injustiça da pobreza) estima que 1% da população mundial detém mais riqueza do que os outros 99%. Isso significa que bilhões de pessoas vivem em condições precárias e muitas vezes sem acesso a necessidades básicas como alimentação, água potável e saneamento. Os bilionários do mundo aumentaram sua riqueza em US $ 3,9 trilhões, enquanto a renda dos trabalhadores caiu em US $ 3,7 trilhões. Isso significa que, em meio a uma crise global, a desigualdade econômica está aumentando.


Essa desigualdade tem consequências graves para a saúde e o bem-estar das pessoas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada ano, 6 milhões de crianças morrem devido a doenças que poderiam ser evitadas se tivessem acesso a tratamento e prevenção básicos. A maioria dessas mortes ocorre em países de baixa renda.


A crise climática também é uma preocupação global importante. De acordo com o IPCC - Intergovernmental Panel on Climate Change, as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera são agora as mais altas em pelo menos 800.000 anos, e as temperaturas médias globais já aumentaram em cerca de 1 grau Celsius desde a era pré-industrial. Se não agirmos rapidamente para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o aumento da temperatura média global poderá exceder 2 graus Celsius, o que teria consequências graves para a segurança alimentar, a disponibilidade de água e a saúde humana.


Yuval Harari, escreveu vários livros sobre a humanidade e os desafios do futuro. Em seu livro "Sapiens: Uma Breve História da Humanidade", ele argumenta que a cooperação entre os seres humanos foi uma das principais razões para o sucesso da espécie, mas que hoje em dia estamos nos afastando disso e criando divisões prejudiciais. Ele também discute a importância de encontrar soluções para os problemas globais atuais, incluindo a crise climática e a desigualdade.


Finalmente, a polarização política e a violação dos direitos humanos também são problemas graves. De acordo com a Anistia Internacional, em 2020, mais de 80 países violaram o direito à liberdade de expressão em relação à COVID-19, por exemplo. Além disso, a crise de refugiados continua, com mais de 80 milhões de pessoas deslocadas de suas casas em todo o mundo.


Se não despertamos, desse sono profundo e egoísta, e procuramos agir com base no bem comum (ética) não teremos chance de nos arrepender de não ter feito, pois não teremos futuro.

Para mim, todas as ações humanas deveriam passar pelo crivo do “bem comum” (ética). Se a ação não for para o bem comum, não deveria ser realizada. E, se mesmo assim realizarem, o “mundo” iria contra e colocava nos eixos o que se perdeu. Com essa Postura Ética, tenho certeza de que não haveria acontecido e se mantido a guerra contra a Ucrânia, por exemplo.


Você, provavelmente não vai consertar mais isso. O que você pode fazer é exigir que a escola dos seus filhos ensine ética de forma estruturada e profunda. Se sobrevivermos, será por isso.

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