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Foto do escritorXiko Acis

Gaza


Nenhuma guerra é ética. Nunca foi. A ética é fundamentada na preservação da vida. Entrar em guerra, em pleno século XXI é uma demonstração que a reflexão ética falhou ou mesmo nunca existiu por parte dos governantes que a desejam.


Vocês já devem ter percebido que o mundo não tem Plano: B para nada. Vejam o caso da guerra da Rússia contra a Ucrânia. A invasão da Ucrânia pela Rússia ocorreu no dia 24 de fevereiro de 2022. Ela foi motivada pelo avanço da Otan no Leste Europeu e por questões geopolíticas entre os dois países envolvidos. Quase 200.000 pessoas já morreram nessa guerra absurda em 627 dias. São cerca de 320 mortes por dia e continuam.


O mundo assiste esse genocídio praticamente calado. São todos incompetentes contumazes. Não conseguem intervir, de forma enfática, e acabar com essa guerra sem sentido e suas mortes. Mundo antiético que vivemos.


Agora temos a guerra entre de Israel e a Palestina, onde o líder Benjamin Netanyahu, decidiu “exterminar” os terroristas do Hamas com vigor. O projeto de vingança que está em curso é antiético e imoral. Limites estão sendo ultrapassados, de acordo com os organismos internacionais, e outro genocídio está acontecendo nas “barbas” do mundo, que se diz civilizado.


O que o Hamas fez não tem nenhum justificativa. Matar e sequestrar pessoas inocentes para conseguir resultados que deseja não coaduna com o Século XXI, onde o diálogo é a única ferramenta ética e moral que o mundo contemporâneo pode e deve usar.


Tudo isso acontece porque os palestinos desejam principalmente o reconhecimento de seus direitos nacionais e a criação de um estado independente. O conflito entre Israel e Palestina está enraizado na questão da ocupação de territórios palestinos por Israel, especialmente desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Os palestinos buscam:

· Retorno às Fronteiras de 1967: Muitos palestinos buscam um Estado Palestino nas fronteiras anteriores a 1967, o que incluiria a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental

· Reconhecimento Internacional: Buscam o reconhecimento internacional de sua soberania e direitos, com apoio à sua busca por independência

· Direitos dos Refugiados: Muitos palestinos defendem o direito de retorno para os refugiados palestinos que foram deslocados durante os conflitos.


Quando olho a história do povo judeu na segunda guerra mundial, penso na frase: “você aprende com amor ou com dor”. Estima-se que entre cinco e seis milhões de judeus foram vítimas do Holocausto, um genocídio perpetrado pelos nazistas comandados por Adolf Hitler. Muita dor para um povo.


O conflito entre Israel e os Palestinos começou em 07/10/2023. Mais de 10.000 pessoas já morreram nesse conflito. Em 37 dias, cerca de 270 pessoas morreram por dia. A maioria crianças e mulheres. Esse número tende a crescer conforme as tropas israelenses vão avançando.

Israel sabe que nunca vai “exterminar” o Hamas. Assim como outras células terroristas existentes no mundo até hoje. Isso é utopia de quem, com sangue nos olhos, quer vingança e promover a dor, como foi a que recebeu na segunda guerra mundial.


O que será feito dos Palestinos civis e inocentes que moram na faixa da Gaza que está arrasada? Para onde eles vão quando Netanyahu conseguir o seu intento? Será que agora o mundo vai se organizar e ajudar os Palestinos a criarem um estado independente? Será que o mundo vai ajudar a resolver esse conflito? Penso que não!

O que vejo, nos próximos capítulos é a banalização da guerra com a perda de vidas inocentes, a incompetência mundial por não ter um Plano: B, e a impunidade para os agentes que não querem dialogar e só querem guerras.


Acho que teremos que aguardar o Plano C: um meteoro, igual ao que extinguiu os dinossauros.

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